LISBOA, 5 Jan (Reuters) – A oposição de Portugal criticou duramente nesta quinta-feira os procedimentos de teste do governo socialista.
No mais recente desenvolvimento, o jornal Correio da Manha informou na quinta-feira que a recém-nomeada secretária da Agricultura, Carla Pereira, teve suas contas bancárias confiscadas por causa de uma investigação de corrupção em seu marido, um ex-prefeito.
Vários partidos de oposição exigiram sua demissão. O marido dela, Américo Pereira, disse que apenas ele estava sendo investigado, não a esposa. O Ministério da Agricultura disse em comunicado que Karla Perera não foi acusada de nenhum crime e não havia motivo para ela deixar o emprego. Perera não estava disponível para comentar.
Os socialistas, liderados pelo primeiro-ministro Antonio Costa, conquistaram a maioria parlamentar nas eleições de um ano atrás, mas o governo enfrenta um impasse desde que 10 ministros e secretários estaduais deixaram seus cargos.
No final de dezembro, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, renunciou após uma reação pública sobre a enorme indenização que o novo secretário do Tesouro recebeu da companhia aérea estatal TAP. O secretário também renunciou.
Em novembro, o braço direito de Costa, Miguel Alves, renunciou após ser formalmente acusado por promotores estaduais de má conduta durante sua passagem de 2015-16 como prefeito. Alves nega irregularidades.
“Dizemos não à incompetência e à instabilidade… Precisamos de um novo governo, e precisamos dele agora”, disse Joa Countrym, líder do pequeno mas expressivo partido Iniciativa Liberal, ao parlamento, pedindo aos legisladores que apoiem uma moção de desconfiança. . .
No entanto, com a maioria dos socialistas e a falta de apoio de outros partidos, a votação era quase certa de fracassar.
Caterina Martins, chefe do Bloco de Esquerda, disse que há demasiadas nomeações duvidosas, acrescentando que “por cada caso encerrado, abre-se um novo caso”.
Respondendo às críticas, Costa disse ao parlamento que proporia ao presidente um novo sistema de testes para o período entre as nomeações e a nomeação efetiva de funcionários do governo para “garantir maior transparência e confiança”.
No entanto, muitas vezes ele minimizou a questão, dizendo que o que realmente importava para os portugueses não era a linha de governo, mas os resultados de sua administração, como crescimento econômico sólido, baixo desemprego e baixa dívida pública.
Reportagem de Caterina Demoni Reportagem adicional de Patricia Rua Edição de Andre Caleb e Frances Kerry
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