DAVOS, Suíça – Não há muito do que rir quando se trata da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Mas o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson ofereceu um raro momento de clemência em meio a promessas solenes de apoio à Ucrânia de líderes políticos e titãs corporativos que participaram do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta semana.
Na quinta-feira, Johnson estava em um café da manhã para a Ucrânia, que se tornou uma das maiores atrações do rali. Ouça Chrystia Vreeland, vice-primeira-ministra do Canadá, usar a metáfora do hóquei, que ela atribuiu ao astro canadense Wayne Gretzky, para descrever por que o Ocidente está fazendo mais pela Ucrânia.
Quando Vreeland terminou, Johnson inclinou-se para o microfone e disse: “Diga a Putin para tirar o disco da Ucrânia”.
O riso irrompeu na sala, um breve momento de leve alívio em uma reunião dominada por perguntas sérias, como Se a Alemanha enviará tanques Leopard 2, ou se investidores como Goldman Sachs e BlackRock vão despejar bilhões de dólares na reconstrução da Ucrânia. (Seus chefes dizem que simembora o CEO da BlackRock, Larry Fink, tenha acrescentado que os investidores têm direito a “um retorno justo e justo”).
A Ucrânia sempre foi uma presença ativa no Fórum Econômico Mundial, em grande parte graças aos esforços da Ucrânia Victor Pinchuko bilionário ucraniano que atraiu políticos e empresários de primeira linha para cafés da manhã lá por muitos anos.
Agora que a sobrevivência de seu país está nas manchetes em todo o mundo, o café da manhã se tornou um evento de notícias de boa-fé. Primeiro-ministro holandês Mark Rutte. O enviado climático do presidente Biden, John Kerry. Presentes senadores e ex-senadores. Uma multidão de várias centenas se espalhou pelo corredor do lado de fora.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, compareceu ao evento via link de vídeo e agradeceu aos firmes apoiadores da Ucrânia, como Johnson, que como primeiro-ministro fez da Grã-Bretanha um dos primeiros contribuintes de armas para as forças ucranianas. Com a Alemanha ainda decidindo se enviaria tanques, Zelensky exortou a Europa a não desacelerar.
Ele disse: “Este não é um cinema onde você espera o filme começar.”
Johnson, que se tornou amigo de Zelensky durante quatro visitas à Ucrânia durante seu mandato, pegou a ideia do presidente ucraniano. Johnson rejeitou as preocupações – expressas pelo chanceler alemão Olaf Scholz e, ocasionalmente, por Biden – de que armas pesadas poderiam escalar o conflito, arriscando um confronto direto entre a Rússia e a Otan.
“Dê a eles os tanques”, disse Johnson. “Não há absolutamente nada a perder.”
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