Maio 2, 2024

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Portugal é utilizado como “mercado teste”.

Portugal é utilizado como “mercado teste”.

Nos primeiros nove meses do ano passado, o investimento direto brasileiro em Portugal voltou a crescer para 5,3 mil milhões de euros, um aumento de 10% face ao mesmo período de 2022, segundo os últimos dados oficiais do Banco de Portugal. AICEP – Instituto de Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Segundo dados da Agência de Comércio Exterior do Brasil (APEX-Brasil), até 2018, 21,6% do setor empresarial brasileiro iniciou processos de internacionalização.

Estatísticas da Fundação Dom Cabral mostram que em 2022, 45,1% das empresas internacionais brasileiras aumentaram seus investimentos no exterior.

A Fundação Dom Cabral existe há 40 anos e é uma escola de negócios que oferece soluções educacionais nacionais e internacionais, apoiadas em alianças estratégicas e acordos de cooperação com empresas da Europa, Estados Unidos, China, Índia, Rússia e América Latina.

Segundo Francisco Saião Costa, o desejo de internacionalização dos investidores brasileiros nos últimos anos deve-se à “situação económica e política interna” do Brasil e aos investidores que querem proteger os seus activos e diversificar a sua carteira estando noutros mercados. A exposição a vários ciclos económicos deve ser evitada”, destacou.

Neste contexto, os investidores brasileiros começam a olhar para outros mercados e Portugal surge como uma “opção natural”, como uma vantagem, mas também como uma “prioridade”, segundo o representante da AICEP no Brasil.

Inicialmente, por questões de afinidade histórica, cultural, social e linguística.

Então, devido às vantagens competitivas proporcionadas por Portugal” e “muito apreciadas pelas empresas e investidores brasileiros – segurança e estabilidade jurídica, recursos humanos altamente qualificados, excelentes infra-estruturas e custos operacionais atrativos, aliados a uma estrutura favorável de incentivos ao investimento estrangeiro”, o disse o representante da AICEP em resposta escrita às questões levantadas por Luza.” considera que.

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Francisco Costa reconhece que há muito investimento brasileiro no imobiliário em Portugal, mas destaca que também há empresas criadas com capital brasileiro que criam empregos.

“Num sentido claramente positivo, começamos a identificar sinais de uma possível mudança na matriz de investimentos, num movimento que vem se fortalecendo desde 2020. Um número cada vez maior de empresas brasileiras, especialmente de serviços de tecnologia, estão abrindo ‘tech hubs’ .', centros de inovação ou de desenvolvimento em Portugal, com volume de investimento relacionado e com tendência para escala”, disse.

Por outro lado, continuam a destacar-se os investimentos industriais de grandes empresas brasileiras “já com grande presença” em Portugal, acrescentou.

As pequenas e médias empresas brasileiras estão a investir em Portugal, com especial destaque para as start-ups, embora os grandes grupos empresariais brasileiros também estejam a iniciar a sua expansão com uma “presença de média dimensão”, disse Francisco Costa. Mercado português.

Segundo ele, os setores que o investidor brasileiro quer desenvolver em Portugal são tecnologia, finanças e máquinas e equipamentos. Outros Mercados Altamente Competitivos”.

“É verificável o claro interesse destes investidores em utilizar Portugal como ‘mercado teste’ para validar o processo de internacionalização do continente europeu”, concluiu.